“Só se deve usar o sangue quando for mesmo necessário”. Esta é uma das mensagens que a Dr.ª Maria Helena Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Imuno-hemoterapia (APIH) partilha ao longo de uma entrevista no âmbito da campanha “Considere sempre as alternativas à transfusão”. Os objetivos desta campanha, bem como estratégias de sensibilização para a importância da gestão do sangue foram alguns dos temas comentados.
Conheça a campanha
Atualmente existem alternativas eficazes e muitas transfusões de sangue podem ser prevenidas.
Os nossos recursos de sangue são limitados
Com esta campanha dirigida à racionalização da utilização do sangue, a Vifor Pharma pretende reforçar o apoio que sempre deu a todo o tipo de iniciativas que levem à promoção da saúde, à literacia na área da saúde e à otimização da qualidade dos cuidados de saúde prestados à população e à sociedade como um todo. “A nossa finalidade é continuar a sensibilizar, a promover a educação médica em conjunto com as sociedades e associações médicas”.
Importância de apostar em novos dadores
O Dr. Álvaro Beleza, diretor do Serviço de Imuno-Hematologia do Hospital de Santa Maria, fala sobre o valor do sangue e a evolução dos doadores e o papel do Imunohemoterapeuta e do Serviço de Imunohemoterapia na implementação de estratégias de gestão eficiente do sangue, lembrando que “tem de se apostar nos novos dadores” e que, apesar de haver sempre aspetos a melhorar, Portugal é um exemplo de boas práticas na gestão do sangue.
Poupar sangue para situações realmente necessárias
Devido a fatores como o envelhecimento da população, atualmente há mais pessoas a precisar de sangue e menos dádivas. Neste sentido, a Dr.ª Diana Mendes, diretora do Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, alerta para a questão de “a melhor transfusão é aquela que não é dada” e fala das alternativas à transfusão e dos benefícios de uma melhor gestão sangue para os doentes.
Impacto do sangue no SNS
O impacto do sangue nos hospitais e o que acarreta a sua não gestão no futuro do Sistema Nacional de Saúde são temáticas abordadas pelo Dr. Jorge Félix, Diretor da Exigo, que frisa o facto de “os programas de gestão eficiente de sangue terem vantagens óbvias para os resultados de saúde dos doentes”.